Capa | Revista 06 | Revista 07 | Revista 08

MENU


Editorial

Educar Sempre

- A Minha Escola -

Clube de Música

Bibliotecas sem fronteiras

O Carnaval do Ensino

Semear hoje

A TLEBS

Arronches/Albuquerque

Ensino Profissional

Alterar Rotinas

Bolsa de Valores

Festival Literário

 

Crónicas de Aprender

Entrevista

Cartoon

  

A TLEBS e as dificuldades daí decorrentes

Gonçalo Silva
Agrupamento de Escolas N.º 2 de Elvas

Sendo uma questão que gerou e continua a promover discussão, dentro do âmbito escolar e social, aqui fica o meu contributo com a minha visão parcial do tema. Dentro do que eu defendo, será fundamental abordar o assunto tendo em conta a realidade social e económica da região escolar, pois o aproveitamento de um aluno não passa só pela valia de um docente e pelas condições escolares, mas também pela motivação e disponibilidade do aluno; por isso, interessa esmiuçar os aspetos que o influenciam diretamente.

Deixando de parte as polémicas geradas à volta da coerência da TLEBS e da sua “transformação”, em 2008, num dicionário terminológico, saliento a importância da gramática na vida escolar e quotidiana dos alunos. É fundamental que, ao terminar mais um ano letivo, os alunos tenham acrescentado conhecimento ao seu percurso e evoluído como discentes e pessoas, logo, independentemente das dificuldades e dos contratempos que possam surgir durante o percurso de ensino/aprendizagem, dos alunos espera-se sempre um saldo positivo.

Uma das condições fundamentais para que o ensino/aprendizagem funcione é a certeza, ou seja, sabermos que o que dizemos está correto e realmente se verifica. Esta condição está gravemente comprometida quando sofremos, sistematicamente, alterações linguísticas. A dúvida e a desatualização da informação desconstrói a nossa realidade, aspeto que influencia professores e alunos e, consequentemente, os resultados finais.

Ultrapassando todas as variáveis que não são controladas dentro do âmbito escolar, ficamos apenas com as variáveis que nós controlamos, tais como, o trabalho, o esforço, a dedicação e o estudo, só para salientar algumas. Assim sendo, temos todos os trunfos para evoluir e adquirir conhecimento, mas por vezes não é o que acontece. No que respeita à questão da Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário, espera-se que no final de um ano letivo, o aproveitamento escolar seja positivo dentro da disciplina de língua portuguesa.

Não se pode esperar outro resultado que não seja o positivo; todas as disciplinas evoluem, todos os dados são atualizados e dentro do período em que determinado conteúdo se encontra em processo de ensino/aprendizagem, esse mesmo conteúdo não sofre alterações, podendo ser trabalhado em segurança.

A meu ver o único inconveniente, mencionado mais atrás neste artigo, é o facto de alunos e professores viverem em incertezas e constantes alterações, quebrando o ritmo pretendido para o percurso escolar dos alunos.

Contudo, se tivesse que avaliar os resultados escolares finais, na disciplina de língua portuguesa, outros parâmetros teriam de ser contabilizados. Tal como referi no início deste artigo, não basta saber quantos alunos tiveram bons resultados e maus resultados e a partir daí classificar a pertinência das TLEBS. É necessário avaliar a estrutura familiar, o ambiente social e questões do foro pedagógico e médico. São fatores fundamentais que influenciam a motivação com que um aluno aborda a escola e a vontade de aprender.

Em suma, numa determinada região os resultados podem ser bons e noutra maus, passando estes resultados apenas por fatores exteriores à escola. É sempre difícil avaliar resultados finais quando não sabemos se as dificuldades apresentadas aos alunos passam pelos conteúdos em si ou por aspetos exteriores ao próprio ensino/aprendizagem. Ainda assim, em condições ideais de ensino/aprendizagem, os alunos terão de apresentar resultados positivos, independentemente dos conteúdos e das dificuldades a ultrapassar.