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Editorial
Educar Sempre
-
O A. E.
N.º 3 de Elvas
Do AE Vila Boim ao AE N.º 3
Azeitoninha
desIGUALDADES
Qualificar
o Sucesso
Vila Boim
A Sala
Teacch
Didática do
Português
Parlamento
dos Jovens
Geração €uro
Crónicas de
Aprender
Entrevista
Cartoon
|
Parlamento dos Jovens em
Portalegre
..
Agrupamento de Escolas N.º 3 de Elvas
Nos dias 27 e 28 de Maio, os “deputados” da Escola Secundária Dom
Sancho II – Elvas, Nuno Palmeiro e João Cortez, estiveram na
Assembleia da República com o objectivo de “defender” o distrito, em
conjunto com os alunos João Meira e Maria Enes de Oliveira da Escola
Secundária de São Lourenço – Portalegre.
A Sessão Nacional do Parlamento dos Jovens contou com a presença de
126 jovens, deputados eleitos em escolas de todos os distritos do
Continente, nas Regiões Autónomas, na Escola Portuguesa Ruy Cinatti
– Díli e Cycle d´orientation des Grandes Comunnes.
Organizada em dois dias, esta Sessão Nacional teve início às
catorze horas do dia 27, com as reuniões das quatro Comissões para
debate, na generalidade e na especialidade, dos Projectos de
Recomendação aprovados nos diversos círculos eleitorais, sob a
orientação dos Deputados da Assembleia da República em representação
dos Grupos Parlamentares.
No segundo dia, 28 de Maio, às dez horas, deu-se a abertura solene
do Plenário pelo Presidente da Comissão Parlamentar de Educação,
Ciência e Cultura, Ribeiro e Castro.
Seguidamente, a Mesa de Jovens assumiu os trabalhos e foram
apresentadas pelos jovens deputados perguntas aos Deputados em
representação dos Grupos Parlamentares.
Maia tarde, iniciou-se o Debate da Recomendação à Assembleia da
República e na parte da tarde conclui-se o debate e iniciou-se a
votação final global da Recomendação.
O encerramento da Sessão Nacional, cerca das dezasseis horas foi
feita pelo Presidente da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e
Cultura.
O Parlamento dos Jovens é uma iniciativa da Assembleia da República,
dirigida aos alunos do Ensino Secundário visando os seguintes
objectivos:
-
Incentivar o interesse dos jovens pela participação cívica e
política;
-
Sublinhar a importância da sua contribuição para a resolução de
questões que afectam o seu presente e o futuro individual e
colectivo, fazendo ouvir as suas propostas junto dos órgãos do
poder político;
-
Dar a conhecer o significado do mandato parlamentar e o processo
de decisão da Assembleia da República, enquanto órgão
representativo de todos os cidadãos portugueses;
-
Incentivar as capacidades de argumentação na defesa das ideias,
com respeito pelos valores da tolerância e da formação da
vontade da maioria.
-
O Tema deste ano, Os Jovens e o Emprego: Que Futuro,
desenvolveu-se em três fases ao longo do ano lectivo, a
primeira, ao nível da Escola, com o objectivo de eleger os
deputados locais a “defender” a sua Escola a nível Distrital. Na
fase Distrital, realizada a 5 de Março, discutiram-se os
projectos das diferentes escolas e elegeram-se os deputados para
representar o círculo eleitoral do distrito na fase nacional
tendo sido aprovadas as seguintes recomendações:
-
“Reimplementar o ensino técnico e profissional, dignificando o
trabalho e o empenhamento individual, e conferindo ao Ensino
Superior maior adaptabilidade ás regiões, no sentido de
desenvolver o emprego diferenciado.
-
Redução da carga fiscal decorrente da utilização de
matérias-primas por parte das empresas nacionais, bem como da
contratação de novos trabalhadores. Diminuir a burocracia
atualmente exigida pelo estado, facilitando a criação de
emprego.
-
Investimento nas atividades profissionais e económicas que
aproveitem as potencialidades do país, com a agricultura, pescas
e metalurgia, atraindo os jovens para o setor primário e
secundário, a fim de desenvolver a base de qualquer economia –
as matérias primas.
-
Desenvolvimento de incentivos para que os jovens possam criar a
sua própria empresa tais como coligações entre grandes e novas
empresas (acesso a infra-estruturas e transportes, apoios à
gestão da pequena empresa, com benefícios fiscais para a grande
empresa) e desenvolvimento de “linhas de produção” entre estas
empresas a fim de combater a dependência do estrangeiro.
-
Maior facilidade nos despedimentos dos jovens de modo a reduzir
o risco à contratação de recém-licenciados”.
Por último, na fase Nacional, os Deputados à Sessão Nacional do
Parlamento dos Jovens recomendaram à Assembleia da República, após
debatidos os projectos de cada círculo, a adopção das seguintes
medidas:
-
Implementação de escalonamentos, ao nível de impostos, para
empresas que integrem nos seus quadros 15% de jovens
recém-licenciados, devidamente qualificados, promovendo o
emprego jovem. Este incentivo será anulado, caso se verificassem
despedimentos, exceto despedimentos com justa causa.
-
Reduzir a TSU para as empresas exportadoras em pelo menos 4%
aliando a esta uma redução em 10% no IRC para as empresas que
façam novos investimentos, atraindo o investimento direto
estrangeiro imediato.
-
Fomentar a implantação do microcrédito em Portugal, lançando uma
agência governamental para a avliação de pequenos projetos
empresariais destinada a fornecer indicações sobre viabilidade,
grau de risco, prazos de retorno de investimento. Indicações a
disponibilizar a potenciais investidores, conferindo benefícios
fiscais aos investidores de microcrédito em sede de IRS
(indivíduos) ou IRC (empresas), num esquema semelhante às
deduções para a solidariedade social e à lei do mecenato; e
criando uma plataforma digital que promova o encontro entre os
candidatos a microcrédito e os potenciais investidores.
-
Atribuir benefícios fiscais a empresas (tais como a redução de
IRC e de segurança social), bem como facilitar a burocracia
inerente a empresas criadas por jovens e/ou que empreguem uma
percentagem significativa de jovens.
-
Apostar no desenvolvimento das atividades primárias,
implementando empresas nas zonas com potencial do País,
aproveitando o uso das matérias-primas naturais, captando
investimento nacional e estrangeiro, do ponto de vista do
investidor, com a colaboração da associação empresarial de
Portugal.
-
Deve-se incentivar à criação de associações de produtores
locais, como cooperativas, as quais devem ter os seus produtos
adquiridos por superfícies comerciais, que teriam assim alguns
benefícios fiscais. Caso estas cooperativas possuam terrenos
abandonados ou não ocupados devem, os mesmos, ser atribuídos e
rentabilizados na aposta às energias renováveis, nomeadamente no
desenvolvimentos da energia solar, a partir da criação das
hortas solares e de energia hídrica, apostando-se no
desenvolvimento de barragens.
-
Reforçar o investimento e atualizar os recursos profissionais e
superiores, adaptando-os à atual realidade mundial e às
necessidades dos mercados, dando maior realce às áreas em que
temos vantagens competitivas (energias renováveis, economia do
mar, turismo, economia florestal, produção de vinho e calçado,
entre outras), que promovam o desenvolvimento sustentável do
país.
-
Sensibilizar os jovens para as potencialidades do setor
primário, incentivando o rejuvenescimento das atividades ligadas
ao mesmo e o regresso às áreas inerentes a este setor,
desenvolvendo projetos de aproveitamento dos recursos endógenos
e de mais potencialidades destes locais, utilizando para esse
fim os programas já existentes a nível europeu.
-
Promover a divulgação e coligação de empresas recém-criadas por
jovens no mercado nacional e internacional, com especial
destaque para os CPLP, como forma de estágio, com vista a
formação de linhas de produção entre estas empresas, para que
possam ser mais competitivas com o estrangeiro.
-
Criação de parcerias entre o estado português e empresas
internacionais reconhecidas para jovens trabalhadores que
apresentem projetos de investimento futuro em Portugal, aos
quais se atribuirá bolsas de estudo formação/estágio nessas
mesmas empresas, aumentando assim a produtividade, criatividade
e o empreendedorismo português.
E assim terminou, pela terceira vez, a participação da Escola
Secundária Dom Sancho II – Elvas que contou com um excelente
desempenho dos deputados Nuno Palmeiro e João Cortez.
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