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Editorial

Educar Sempre

- O A. E. N.º 3 de Elvas

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Didática do Português no Ensino Básico – Oficina de Formação

Carmen Margarida de Almeida Santos
Agrupamento de Escolas N.º 3 de Elvas

Ao longo das sessões de Oficina de Formação – Didática do Português no Ensino Básico, revisitaram-se os Guiões de Implementação do Programa de Português do Ensino Básico para, paralelamente às suas orientações, se reformularem práticas pedagógicas. Não se pretendia fazer uma leitura artificial e meramente teórica, mas cimentarem-se situações conducentes a uma efetiva aprendizagem, de acordo com o que o Programa preconiza. Com este “novo” método cirúrgico, a fisionomia das metodologias, a construção partilhada de atividades, o docente assume um papel de intermediário, de orientador e promotor de uma nova visão do ensino e da aprendizagem da língua portuguesa.

A consciência da incapacidade dos alunos desenvolverem um espírito crítico, de serem autores das suas próprias produções e de adquirirem práticas de leitura, conduziu ao dinamismo do grupo e à criação de um espaço onde se puderam refletir e partilhar experiências. Vistoriaram-se inúmeras práticas de construção de saberes, explanadas nos guiões e construíram-se materiais pertinentes, na ânsia de inverter a falta de entusiasmo, de distanciamento e de bloqueio dos alunos na aprendizagem da língua materna. As práticas defendidas pelo ensino tradicional são agora questionadas e repensadas com a reestruturação do Programa e foram objeto de análise ao longo da oficina de formação. O trabalho colaborativo, que envolveu docentes dos 2.º e 3.º ciclos, para além da partilha de práticas letivas, possibilitou o contacto com metodologias atualizadas, dinâmicas, numa progressão entre ciclos. Essa sequencialidade só é possível quando se conhece a orgânica de cada ciclo para, em simultâneo, a articulação ser programada e ponderada entre todos os docentes. E foi nesse sentido que a exposição de práticas pedagógicas de docentes de diferentes níveis de ensino, a partilha de experiências, de materiais e a sua operacionalização, perspetivou um processo de articulação mais dinâmico e com certeza mais valioso no processo de ensino aprendizagem.

A construção de sequências didáticas, de acordo com as metas de aprendizagem, tendo em conta a leitura da progressão do aluno e da turma, constituiu o trabalho final da formação, com enfoque na programação de uma planificação anual / anualização, exequível e passível de reformulação. Essa tentativa fez marcar posições distintas, permitindo concluir que a aplicação dos Programas de Português está longe de ser consensual entre os professores, havendo ainda um longo caminho a percorrer até se conseguir alcançar o mesmo. Ainda assim, há que concordar que o caminho percorrido em tudo tem beneficiado o ensino do Português.