O Tempo insiste em cumprir-se, ora a gosto, ora a contra gosto, numa sucessão de possíveis que nos vão, muitas vezes, esgotando as existências que fazem a vida.

O Natal, tempo de presentes, confiança e esperança, é, sem dúvida, uma forma de marcar o Tempo. E aí está a PROFFORMA a sentir a passagem das horas num tecido que tentamos fazer de muito esforço, competência e saberes. Já temos uma história que começa a ter direito a maiúscula, já vamos com alguns anos de existência e, com orgulho, afirmamos já que estamos a marcar o Tempo. Somos citados em diversas bibliografias e, sobretudo, temos uma identidade que resulta, não temos dúvidas, de partilhas e contributos de todos.

A Escola está em mudança, as aprendizagens são, cada vez mais, resultado de ensino ativo e colaborativo. Pensar, discutir e criar são, cremos, os verbos cada mais necessários.

A PROFFORMA vem-se construindo norteada por estes princípios, pela certeza da partilha, na consistência dos saberes, na diversidade dos temas. Não tem sido um percurso isento de acidentes, de curvas perigosas, de subidas e descidas. Nem sempre conseguimos o que desejamos, nem sempre os nossos objetivos se cumprem na plenitude.

Mas a força que nos move é imensa, porque se faz de certeza e confiança na mudança que os tempos exigem. Talvez gastemos tempo demais a lamentar o óbvio, faltando-nos espaço para reconstruir possíveis. Agora, que é Natal, urge privilegiar o SIM e ignorar o NÃO: E SIM, queremos uma Escola diferente, queremos a alegria de volta, queremos a certeza do reconhecimento do nosso trabalho, queremos, e como!, a valorização da nossa competência. E por isso não vamos deixar a PROFFORMA cair na rotina, não vamos permitir que seja apenas mais uma coletânea de textos, não vamos permitir que perca a alma que a faz ser o nosso elo de ligação.

Neste número, para além das sempre pertinentes colaborações das nossas escolas – o que seriamos nós sem as escolas que nos fazem? – contamos com a colaboração especial da doutora Maria Reína Martin, delegada regional da educação no Alentejo. Quisemos saber como pensa, como encara o desafio que é, sem dúvida, o cargo que desempenha. Como nós, é professora.

Neste número, queremos ainda desafiar todos os colegas a dizerem-nos o que pensam, a colaborarem, mesmo de forma individual, nesta partilha que pretendemos ser. Não há pensamentos errados, há pensamentos diferentes e, sem dúvida, só privilegiando diferenças poderemos construir a igualdade facilitadora de sucessos. Sabemos que é possível fazer melhor, que é importante fazer diferente. Também a nós, responsáveis pela PROFFORMA, a Escola de hoje fica, por vezes, excessivamente curta…

Voltaremos em março, mês de rebentar de Primavera, de recomeços e reconstruções. Até lá, desejamos a todos um excelente Natal e, também, um ano cheio de realizações pessoais e profissionais porque, pensamos nós, só professores felizes poderão fazer Escola de sucesso…

Até para o ano!