Capa | 2010-2011 | 2012 | 2013 | Revista 12 | Revista 13 | Revista 14

MENU


- Editorial -

 

Educar Sempre

A Minha Escola

Crónicas de Aprender

Entrevista

Cartoon


 

 

Editorial

Luísa Moreira
CEFOPNA

 

 

A perfeição não é atingível.

Mas se perseguir a perfeição,

podemos alcançar a excelência.

Vince Lombardi

MAUS PROFESSORES

Não soa bem, não é bonito, não é politicamente correto dizê-lo, mas existem. Existem maus professores, como existem maus médicos, ou péssimos arquitetos e engenheiros incapazes.

Os professores são seres humanos, confrontados cada vez mais com exigências de mudanças diversas, aos quais se pede uma capacidade de adaptação e renovação constantes. Pede-se ao professor que ensine, afinal essa é a missão última da Escola Pública, mas pede-se-lhe que também eduque. Pede-se-lhe que olhe a diferença, que privilegie as singularidades individuais, e enfiam-se na mesma sala trinta personalidades diferentes. Pede-se ao professor que esteja disponível para a constante (re)construção da sua profissionalidade docente, e enche-se-lhe o tempo com burocracia.

Aos professores de hoje, numa Escola que estruturalmente se aproxima do séc XIX e no quotidiano lida com a geração do século XXI, pede-se, ou exige-se, que seja sobre humano!

E o professor dá conta do recado. Entre quadros interativos, aulas virtuais, alunos desinteressados, reuniões intermináveis, exames ameaçadores e avaliação de desempenho nem sempre justa, no mais profundo congelamento da sua eventual progressão profissional, o docente vai lutando. Constrói, inventa, estuda, pesquisa, desespera, ganha ânimo, cumpre horários , faz atas sem “c”, discorda e executa. Assim é, penso, a maioria dos professores. Aqueles que a opinião pública gosta de crucificar, aqueles que, como refere Miguel Sousa Tavares, justificam a ignorância de muitos jovens…

É tempo de eliminar preconceitos e bonecos de palha, e de afirmar, com verdade e coragem, quem são os professores de Hoje. Quem são aqueles que permitem que a PROFFORMA já vá no décimo terceiro número, dando a público os processos de sucesso das nossas escolas.

Hoje, a Escola não pretende formar elites mas, sobretudo, desenvolver competências dentro da massificação do Ensino. À Escola exige-se equidade, democraticidade e êxito. Ao professor, ao tal mau professor?, cabe conhecer cada aluno na sua individualidade, desenvolver processos individuais de sucesso e contribuir, de forma ativa e efetiva, para o êxito de uma sociedade humana que parece prestes a colapsar…

Neste número especial da PROFFORMA, o 13 (azar e/ou sorte), quisemos ouvir Miguel Sousa Tavares. Porquê? Não que sejamos masoquistas, mas sim porque gostamos de olhar a verdade nos olhos e defendemos que todas as ideias, desde que fundamentadas, são válidas e importantes. E é verdade, há maus professores.

Mas há, sem dúvida, muito mais excelentes professores!

Boas Férias!