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Portalegre na Azulejaria
Isilda Garraio
Apesar disso, a nossa cidade é ainda um bom repositório, um agradável passeio para o turista, uma lição de História da Arte para o estudioso. Como tudo na vida, também o azulejo sofreu uma evolução que lhe é muito própria. Acompanhemo-la: Os exemplares mais antigos encontram - se na fachada sul da Igreja do Espírito Santo e pertencem à denominada azulejaria arcaica, Séc. XVI. Segundo Joaquim Torrinha, são uma “composição feita à custa de azulejos de aresta aproveitados de outros lugares. Quiçá aquando da remodelação que a igreja sofreu no Séc. XVIII.” São quatro cruzes em tons de verde, castanho e creme. Na parede virada a poente encontra-se um outro exemplar. No claustro da Sé Catedral também existem restos desta azulejaria. Retomando a nossa viagem e como resultado das relações comerciais de Portugal com a Europa do norte, chegam ao nosso país ceramistas oriundos da Flandres, e a azulejaria e a arquitetura tornam-se inseparáveis. Por essa altura, 1550, Portalegre é elevada à categoria de cidade por D. João III, o mesmo rei que viria a conseguir da mão do papa a criação da diocese de Portalegre. Foi seu primeiro bispo D. Julião de Alba a quem se deve o lançamento da primeira pedra da Sé Catedral a 14 de Maio de 1556.
No Séc. XIX a cidade conhece algum crescimento económico que se ficou a dever a um desenvolvimento industrial relativamente importante, em torno dos lanifícios e do setor da cortiça, a que se juntou a criação do Liceu em 1851 e da Escola Fradesso da Silveira em 1884.
Completamos esta nossa resenha referindo apenas a existência de outros marcos azulejares, como sejam os painéis figurativos, registos, letreiros e painéis publicitários, bem como azulejaria avulsa.
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